Comunicamos de quatro formas: com palavras, com entoação, com expressões e com
silêncios. De todas elas as palavras são as que menos comunicam e as que mais
conseguem ser falsas ou imprecisas. É a razão porque um bom livro deveria sempre
conseguir ser acompanhado de alguns quadros ou fotografias, barulhos, músicas e
oscilações. Mesmo que mínimas. Uma espécie de ondulação. Percebem? Possuir
páginas em branco, olhares, poros e muitas respirações. Mas a comunicação para o
ser verdadeiramente exige um reflexo. Uma metamorfose no ir e voltar. Um toque
ou afago que se estende, para lá de nós. Contagiando. Gerando uma acção ou
comportamento. É essa a magia da comunicação. A sua pluralidade (não podemos
comunicar sozinhos) e imprevisibilidade.
E tu és imprevísivel. Nunca sei quando acerto. E acho mesmo que nunca comseguirei penetrar na tua carapaça. E bem que tento...
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