Confesso que uma coisa que sempre me divertiu são aqueles
tipos que acham que percebem muito de mulheres, assumindo-se como verdadeiros
experts em sede de psicologia feminina, achando que, por essa mesma
razão, transbordam charme tal e qual como o Nilo transborda na época das
cheias.
Adoro especialmente aqueles que adoptam as teorias
linguísticas do "Quando ela diz "não" quer dizer "sim", e vice-versa",
e coisas que tais, como se fossem verdades supremas. Bem, eu sempre tomei um
"não" como um "não", e um "sim" como um "sim", o que quase
sempre me salvou de fazer figuras de urso (QUASE!). E se fosse só este exemplo
não estávamos mal. Há por aí verdadeiros artistas que se acham muito e fazem questão
de exteriorizar essa patologia, nomeadamente em locais públicos, publicando
livros, indo à televisão mandar umas postas de pescada, e por aí em diante. E
não esquecer os blogs, claro está, que isto agora anda na moda e há que
aproveitar o tempo de antena. Uma coisa é tentar perceber as
mulheres, outra é achar que se percebe. Tentar perceber a
psicologia feminina é uma atitude sensata e louvável, e se tais empirismos forem
comunicados à restante comunidade masculina, até se aplaude. Já um tipo
assumir-se como o último Dr. Phil à face da Terra, e achar que estala os dedos e
vêm cachos de gajas a correr atrás só pela sua bonita prosódia, é uma coisa
completamente diferente.Eu cá admito: não percebo nada de mulheres. E cada vez percebo menos. Mas vou tentando.
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