Conheci-a uma vez num evento de trabalho e, por
mero acaso, ficámos sentados na mesma mesa e conversámos. Fui simpático, como
sempre sou para grande parte das pessoas. Mas nada mais, nem ela alguma vez me
interessaria a esse ponto. E ela talvez tenha entendido mal a minha simpatia.
Surgiu o convite para o café e eu digo-lhe que vou ter com a minha namorada, só
naquela de despachar o assunto. Mas ela não entende e insiste. E eu volto a
recusar. Depois desse dia, foram chamadas quase todos os dias durante quase um
mês (sim, porque eu lhe dei o meu cartão antes
de me aperceber da asneira que isso seria). Só para falar, dizia ela.
Queria ser minha amiga. Mas eu não preciso de mais amigo(a)s, eu nem te conheço,
dizia eu (já assim meio freaked out e a
imaginar-me num cenário C S I ). Mas queria ser minha amiga à força, como se
isso fosse possível. Passei-me e disse-lhe para parar com aquilo. Parou.
Mês sim, mês não, o telefone toca e é ela (não apaguei o número, para saber sempre).
Nunca atendo. Às vezes ponho-me a pensar, tótó bonzinho que sou, "coitada, se calhar
precisa de ajuda com alguma coisa". Mas depois lembro-me da chata que ela era e
ponho o telefone em silêncio.
Sem comentários:
Enviar um comentário