Nada do que é humano é estranho ao septuagenário Merle Haggard. Chegou a ir
preso (algumas vezes) antes de iniciar uma carreira fulgurante que hoje se
mantém num nível muito digno de respeitabilidade: Tom Waits encabeça a sua lista
de fãs. Olha-se-lhe para o rosto e é como se a sua história estivesse à vista de
todos, naquela cara de Bukowski hoje talvez apaziguado. Haggard tem lugar entre
os maiores, e porventura apenas o facto de se ter mantido firme no género
country explique que não seja tão celebrado quanto, por exemplo, Johnny Cash. O
tempo daqueles cuja obra é produto da vida (ao contrário dos produtos de agora,
de criação expontânea e vida breve) está-se a acabar.
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